O livro, com 145 imagens de móveis produzidos pela artista carioca, faz uma análise da contribuição que suas obras trazem para o design nacional, a partir do estudo de suas peças mais representativas. Nelas, Claudia harmoniza a racionalidade das suas linhas com o calor subjetivo das madeiras brasileiras. As fotos de peças como os bancos Dueto (1991), Iracema (1993) e Jangada (2000), a mesa Fresta (2001) e a cadeira Quase Mínima (2004), são assinadas por profissionais como Andrés Otero, Claudia Jaguaribe, Cristiano Mascaro, Romulo Fialdini e Tuca Reinés. A publicação traz ainda desenhos da própria Claudia, que ajudam a desvendar o seu processo criativo. O texto da jornalista e curadora especializada em design Adélia Borges reconstitui as brasileiríssimas influências da designer. O prefácio de Sergio Rodrigues, outro grande nome do mobiliário brasileiro, define a obra de Claudia como autêntico design com cara de Brasil. Em seu texto, ele afirma que, “sem receio nenhum de exagero na comparação, colocaria sua sensibilidade, cultura, criatividade e ojeriza a tendências e modismos ao nível das grandes damas do design mundial”.

SOBRE ADÉLIA BORGES
Adélia Borges, mineira da cidade de Cássia, formou-se em jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo em 1973. É professora de história do design brasileiro na Fundação Armando Álvares Penteado. Escreveu, entre outros livros, Designer não é personal trainer (2002); Maurício Azeredo – A construção da identidade brasileira no mobiliário (1999), Prêmio Design Museu da Casa Brasileira (1996) e Cadeiras brasileiras (1994). Entre as exposições que tiveram sua curadoria destacam-se Uma história do sentar, no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba (2002) e Kumuro: bancos indígenas da Amazônia, no Carreau du Temple, em Paris (2005).