O termo “sustentável” significa tanto aquilo que se pode sustentar como aquilo que é possível defender. Isso nos dá a chave para entender por que se define “desenvolvimento sustentável” como aquele que permite que a geração atual satisfaça suas necessidades sem, para tanto, comprometer a possibilidade de que as gerações futuras façam o mesmo. Em A empresa verde, Élisabeth Laville, uma das maiores estudiosas do assunto na atualidade, mostra que esse conceito se aplica a todos os aspectos da atividade econômica. O livro comprova com muitos exemplos que a adoção de medidas favoráveis ao desenvolvimento sustentável exige uma boa dose de coragem por parte dos dirigentes, pois implica quase sempre uma mudança radical na cultura das empresas. Mas A empresa verde também demonstra que, ao contrário da crença amplamente difundida, essas medidas não necessariamente inviabilizam o lucro – em muitos casos, elas geram economia. Sobretudo, porém, são medidas que posicionam a empresa de forma estratégica para mudanças que já estão em processo.

SOBRE ÉLIZABETH LAVILLE
Élisabeth Laville é considerada a introdutora do debate sobre o desenvolvimento sustentável na França. Em 1993, fundou a Utopies (www.utopies.com), que oferece consultoria sobre o tema tanto a empresas que o têm como preocupação desde sua origem – caso, por exemplo, da cadeia de lojas Nature & Découvertes – quanto a grandes grupos industriais que hoje representam o que há de mais avançado no assunto, como a Danone. Laville também vem colaborando para a difusão das questões relacionadas ao desenvolvimento sustentável entre o grande público: em 2004, foi uma das fundadoras da Graines de Changement (www.grainesdechangement.com), que aborda temas como consumo responsável e os impactos de nossa alimentação sobre o ambiente.